sábado, 19 de dezembro de 2009

Sevilla tremeu ..........

Achei que terremoto fosse algo que só existia na televisão, mas quarta-feira (16) estava eu e o pessoal aqui no piso, recém-chegados de um flamenco, quando de repente sentimos o chão, o prédio, a mesa, enfim...tudo tremer! Quem me conhece sabe que não sou das pessoas mais tranquilas e fiquei logo assustada. Achei que o prédio fosse cair ou algo do tipo.

Uns minutinhos depois, uma colega aqui de Sevilla abre uma conversar comigo no msn e pergunta: você sentiu algo tremer? O que foi isso?
E eu lá sabia...mas foi quando comecei a desconfiar de que deveria ser um terremoto. Na verdade, isso passou até passou pela minha cabeça antes, mas deixei pra lá. Entrei na internet e vi que realmente tinha acontecido um abalo no mar ao sul de Portugal. No outro dia, saiu no jornal a intensidade do maldito que quase tirou meu sono: 6,7 na Escala Ritcher (que vai até 9). Relativamente alto, mas como o epicentro foi distante, sentimos pouco (o suficiente pra eu brigar com os meninos que menosprezaram meu medo, hahaha).


A propósito, o Google (sempre ele) disse que se você estiver num apartamento quando acontecer um terremoto, o melhor a fazer é ficar em baixo de uma mesa protegendo a cabeça com uma almofada. Não entendi como a mesa nem a almofada vão ser úteis se o prédio desabar, mas fica a dica.




segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Brazil com Z

Vale a pena dar uma conferida no relato que Luiz Paulo fez para o Brazil com Z, um blog que conta a experiência de brasileiros fora do país. Ele está sendo agora administrando por Glenda, que mora em Sevilla há um tempinho e nos ajudou bastante durante o tempo que estamos aqui...

domingo, 29 de novembro de 2009

Marrocos



Há uma semana atrás estávamos embarcando pro Marrocos eu, Luiz Paulo, Mirella, Natália e Flávia. A soma dos fatores passagem barata (14 euros ida e volta pela ryanair) + proximidade (fica a menos de uma hora de Sevilla) + curiosidade de conhecer um país mulçumano, africano e árabe motivou a viagem e lá fomos nós munidos de toda insegurança e desconfiança que nossa educação ocidental tratou de cultivar em relação aos que vivem do lado de lá.

Chegamos em Fez às 10h e depois de ver os letreiros do aeroporto escritos em árabe, a ficha caiu: "estamos do Marrocos". Passamos pela imigração e não imaginava que iria me deparar com três atendentes mulheres. Do lado de fora, Mohammed estava nos esperando para nos levar até o Hotel. Ligamos no dia anterior e pedimos um transfer, que saiu por 200 dh (pouco menos de 20 euros). A gente poderia até ter pego um táxi ou um petit taxi que sempre tem de monte no aeroporto, mas como a gente ainda não estava muito por dentro do funcionamento das coisas por lá, preferimos não arriscar e terminou que Mohammed ficou como nosso guia durante todos os dias.

Guia no Marrocos, ao menos pra quem é marinheiro de primeira viagem feito nós, é indispensável. Tudo é tão incrivelmente diferente que não custa nada ter alguém que conheça o lugar pra acompanhar.

Chegamos no Hotel Zarhir Al Jabal, que por sinal era ótimo, e de lá fomos almoçar na Mc Donalds de Fez, que ficou sendo nosso point noturno durante todos os dias. Ninguém do grupo tava muito afim de conhecer a gastronomia marroquina, muito menos eu que sou chata ao cubo com comida e a Mc acabou sendo uma boa opção, porque era barata e ficava num lugar mais alto da cidade, de onde dava pra ver toda a medina (a parte medieval, onde tem o mercado, as lojas, etc. quem viu "O clone", vai saber).

E foi lá justamente onde gastamos nossa primeira tarde. Pelo que eu tinha lido na internet, a medina deveria ser algo super chocante, sujo e mal-cheiroso, mas foi bem mais que isso. Foi fantástico ver as tapeçarias, cerâmicas e os trabalhos com couro marroquino. Eles são realmente bons de artesanado e de comércio, para o que eu não tenho a mínima paciência. Eles tem o costume de negociar em tudo, desde um chaveirinho de 10 dh a qualquer outra peça mais cara. Eles já sabem que você é turista e botam um preço lá em cima, aí você desiste, diz que não quer, e eles sempre retrucam: "quanto você acha que vale?" ou "quanto você pode dar". Quem tem saco fica lá negociando o preço, eu como não tinha nenhum, desistia de comprar, na maioria das vezes.



Na loja de couro, o comerciante grudou em mim só porque eu perguntei quanto custava uma bolsa de couro de camelo. Eu nem sabia direito se queria mesmo comprá-la e perguntei por curiosidade, até porque quem me conhece sabe que adoro saber o preços das coisas. Enfim, ele disse um preço absurdo para o meu bolso de estudantebrasileiravivendonaeuropaedandoumpulonomarrocos e simplesmente disse, ok, obrigada. Como a gente demorou muito na loja, ele ficou até irmos embora perguntando quanto eu poderia dar e me oferecendo a bolsa por 1 milhão de preços diferentes, mas nada disso foi suficiente para eu levar. No final, já estava irritada e louca pra sair da loja.

A regra é simples. Como turistas seremos sempre roubados. Se tiver paciência e gostar de negociar, converse com o vendedor e se ele não fizer o seu preço, vire as costas e vá embora. Eu particularmente acho isso horrível, mas em Fez (e dizem que no Marrocos, em geral), até que funciona. Mas tem uma ressalva. Acho que alguns comerciantes já sacaram essa dica do "vire as costas" que está em qualquer site ou guia de viagem ao Marrocos e alguns deles são bem firmes no preço e no desconto estabelecido.

Bem, mas o legal da medina não são só as compras, e sim a possibilidade de ver os marroquinos no dia a dia. Passamos por várias mesquitas e a hora da oração é realmente sagrada para eles. Uma rádio de alto-falante chamam todos para a mesquita e aí realmente se vê todos (ou quase todos) se dirigindo a ela e nós, claro, não podemos entrar.

Só pudemos conhecer a mesquita de Mekness (uma cidadezinha perto de Fez) em que a Mesquita é aberta para os turistas. O que mais me impressionou, além de arquitetura, é a acústica do lugar. Qualquer coisa que se fale, ecoa por todos os lados da mesquita, onde vão homens e mulheres mulçumanos, e as crianças só a partir da puberdade.



Atentado terrorista

O título é só exagero, mas é que aconteceu um pequeno incidente quando estávamos indo para Volubilis, uma cidade a 30 minutos de Fez. Estávamos passando por um mercado um tanto quanto caótico, cheio de gente, carros e ovelhas. Na direção contrária vinha um ônibus de turismo da Alsa, uma cia espanhola. Aí foi quando vimos uma pedra sendo atirada contra o ônibus. Tudo bem. Todos felizes, filmando, Mohammed, nosso guia, contando sobre o mercado e bla bla bla e eis que jogam uma pedra que quebra o vidro lateral do nosso carro. Por sorte, ninguém se machucou (nessa hora eu lembrei o que me minha mãe tinha me dito: "seu plano de saúde não cobre o Marrocos"), mas na hora eu simplesmente me abaixei (Natália e Mirella não, e não sei por que) e pela minha cabeça só passavam pensamentos do tipo "meu deus o que eu estou fazendo aqui? porque eu vim pra cá? vão jogar pedras por todos os lados e vamos morrer apedrejados e o carro saqueado"). Luiz Paulo conseguiu emitir a frase "Mohammed, por favor, vamos para as ruínas!! (ele se referiu às ruínas romanas que estávamos indo conhecer)

Bem, o cara acabou de ter o vidro do carro (que não era seu) quebrado e claro que ele não iria para ruínas nenhuma. Ele simplesmente parou o carro no meio da rua (eu continuava abaixada atrás do banco) e foi ver o que estava acontecendo. A sorte foi que as pessoas que rodeavam o carro estavam relativamente calmas e dizendo que não tinha sido elas que atiraram a pedra. Foi quando percebemos que não iríamos morrer apedrejados e que não viriam pedras de todos os lados. Nessa hora eu me levantei (tremendo, claro) e fomos para a delegacia que , graças a Deus, ficava a 50 metros do lugar.



Paramos ali e sentamos no pátio da delegacia, enquanto Mohamed resolvia o problema. Choramos, comemos, nos acalmamos e rimos. Uma hora depois veio o policial pedindo desculpas, dizendo que ninguem tinha nada contra os turistas, que provavelmente tinha sido um louco quem tinha feito isso, etc e tal. No final das contas, tentaram achar o louco e a família do louco pra pagar o vidro, mas não conseguiram. Segundo Mohamed, ele mesmo, então teria que pagar. Ficamos com pena, mas duvidamos um pouco da cara de coitadinho que ele fez, e de qualquer maneira, não tínhamos dinheiro para ajudar.

Fomos, finalmente, ver as ruínas romanas (esses romanos estão em todo canto!). Tiramos um milhão de fotos, achamos tudo muito bonito, mas a verdade é que estávamos um pouco cansados e desgastados depois do ocorrido. Seguimos para Mekness, onde vimos um dos 123435 palácios reais e a mesquita voltada para turistas. Voltamos para o hotel e terminamos o dia, claro na Mc Donalds.

Caminhar a noite por Fez é meio esquisito. Nosso grupo era de 4 mulheres e um único homem. Homens, aliás, é o que só tem na rua, nos bares e restaurantes durante a noite. Me senti bem acuada. Onde estavam as mulheres de Fez? Juro que tento olhar pra isso com um mínimo de alteridade, mas não consigo. Acho que o conselho que li em todos os sites de viagem de não ir ao Marrocos só com mulheres é bastante válido. Não que necessariamente vá acontecer alguma coisa, mas acho que a presença de homens no grupo nos deixa menos vulneráveis.


No último dia, tínhamos a opção de conhecer os montes de Medio Atlas, a floresta de cedros, etc, mas optamos por ficar em Fez, passear de novo pela medina e comprar mais algumas coisinhas. Como já estávamos craques no quesito negociação, conseguimos (ou melhor, o pessoal conseguiu) preços bem melhores. Pra quem quer e pode comprar, realmente é o paraíso. O saldo final foi um lencinho nada marroquino, enfeites para a casa, chaveiros, brincos e uma boa dose de experiência.

Não dá pra dizer que é uma viagem relaxante e extremamente divertida. É essencialmente turística e relativamente tranquila, ao menos, no nosso caso. Tudo é diferente demais, então fica um pouco difícil se sentir completamente à vontade. Naturalmente, tudo gera desconfiança e isso se deve de certo modo a nossa ignorância ou a nossos conceitos pré-formulados sobre a cultura árabe e islâmica. Enfim, saldo positivo e rumo a Lisboa rever os amigos!!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Run Forrest, run...


Não tem jeito. Não adianta chiar. Quem constrói a imagem do Brasil fora do país som
os nós mesmos. Infelizmente.

Festa Erasmus na Caramelo (uma boate daqui) não são muito a minha praia, mas logo no começo da semana soube que o tema da dessa quarta-feira seria Brasil. Soube também que tinha uns brasileiros organizando e soube ainda que teria coxinha, brigadeiro, bem casado, pão de queijo e outras coisinhas que tava doida pra comer. Não tinha porque não ir, mesmo com imagens bizarras de gringos europeus dançando loucamente na boate rondando minha cabeça. Aliás, tinha todos os motivos pra ir. Afinal, soube que tinham gravado até um cd só com músicas brasileiras.

Mas é que o repertório brasileiro é muito diversificado. Deveria ter me lembrado. De verdade que não queria (nem poderia esperar) que tocasse super sambas, chico buarque ou qualquer coisa inserida na chamada ""mpb de qualidade". Um pagodão, um pancadão alá tati quebra-barraco ou bonde do tigrão tava valendo pra me sentir "em casa". Era o que eu mais queria, depois de dois meses sem festinhas recife´s style, com sambinhas, bandinha recifenses, etc e tal. Tive que me contentar, no entanto, com uns funks cariocas que eu nunca ouvi na vida e que o pessoal dançava bizarramente. Mas tudo bem, teve o hino do Brasil em ritmo de batucada.

Foi bonito, se não tivesse sido seguido por duas mulatas - que nem brasileiras deviam ser - subindo no palco e dançando... samba? Não, era Perla. Porra, mulata semi-brasileiras dançando com shortinho na bunda música de sub-celebridade (como diria meu amigo André) é demais. Piraptxuru, piraptxuru e lá se foi meu orgulho nacional. E parece que foi um dos poucos que se foram.

O pior é que nem dava pra dizer que a vergonha era "alheia". Era, em parte, minha também, né?
Ainda bem que tiveram as coxinhas, os bem-casados e os pães de queijo ....
fica a lição: fugir de festas "brasileiras"

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sevilla em Hollywood


Fiquei sabendo hoje que Tom Cruise e Cameron Diaz devem chegar aqui em Sevilla por esses dias para gravar as cenas finais do filme Wichita ,de James Mangod (não faço a mínima idéia de quem seja). Ainda não passei por lá, mas ja soube também que várias ruas do centro já estão interditadas em alguns horários e isso está gerando a maior polémica na cidade. Uma dessas ruas é a Av. de la Constitución, que é somente a principal do centro e onde tem os principais pontos turísticos de Sevilla, tipo a Giralda, o Real Alcazar, etc. As gravações vão durar 3 ou 4 semanas e quem sabe eu não esbarro com Tom Cruise por aí ...

domingo, 15 de novembro de 2009

Sobre Madri (com atraso) ...


Os sevillistas que gritaram "Puta madri, puta capital" no jogo do Sevilla contra o Real tinha razão mesmo. Madri realmente é uma puta capital, no sentido brasileiro da expressão. Pude comprovar isso no fim de semana retrasado (é, tô um pouco atrasada na postagem) quando junto com Luiz Paulo peguei um ônibus da Cia Socibus (30 euros ida e volta) e depois de seis horas estava na cidade rival de Barcelona. Essa, por sinal, perde feio, na minha opinião.

Chegamos umas dez da noite e fomos direto pra Alcalá de Henares, uma cidade que de trem fica a 40 minutos de Madri. É pequenininha, mas é bem simpática. Foi onde Cervantes nasceu e tem uns bares de tapas bem legais. Fomos recibidos por Patrícia, prima de LP, que no final nos presentou com um saudoso camarão ao leite de coco!

A rotina foi bem cansativa, porque acordávamos relativamente cedo (umas dez) e passávamos o dia todo em Madri. O ponto negativo de não estar hospedado lá mesmo, foi que não pudemos conhecer a noite madrileña a fundo... Apesar disso, acredito que os 4 dias que passamos lá foi suficiente pra dar uma boa geral nos principais pontos da cidade.



Palácio Real



A antiga sede da monarquia espanhola ainda recebe jantares oficiais hoje em dia. É incrivelmente lindo e bem conservado, principalmente as peças de tapeçaria. Guarda o luxo e a ostentação de qualquer residência real, mas vale a pena. Foi uma das poucas atrações que precisei pagar - 3,50, se não me engano - para entrar em Madri (ao contrário de Barcelona).


Templo Debod



Uma mini-construção egípicia no meio da Europa. Isso, na verdade, foi um presente do governo do Egito em agradecimento a alguma ajuda prestada pelo governo espanhol. O que importa é que isso aí no final da tarde e comecinho da noite é simplesmente lindo. Tudo bem que a iluminação ajuda bastante mas como fica num ponto relativamente alto de Madri, é possível ver a cidade toda e, principalmente, um pôr-do-sol mais bonito que o da Praia do Jacaré (viu, larissa?).



Gran Via

Esse foi um outro ponto por qual passei várias vezes, principalmente depois do espírito semi-consumista que assumiu o corpo de Luiz Paulo nos últimos meses. Como ele mesmo disse, nunca fomos a Nova York, mas com certeza deve ser algo parecido com essa rua. Tem mil e uma lojas e teatros para todos os lados. Está infestada de letreiros, carros e gente, mas é muito boa para passear, mesmo pra quem não quer (ou nao pode) comprar nada.


Plaza Mayor


Bares e artistas aí é o que não falta. O melhor é ir direto ao Museu do Jamón e pedir um croissant de jamón e queso por um euro, acompanhado por uma bebida que vale um euro também. Esse foi um daqueles pontos por quais passei várias vezes, só pra olhar o movimento e coisa e tal.


Puerta do Sol

Uma praça gigante onde funcionada tipo o marco zero de Madri. Passagem obrigatória, claro.


Museu de Reina Sofia




Se não me engano, é de graça aos sábados depois das seis horas. Essa é a hora da farofa, principalmente porque estávamos no meio de um feriadão. Mas a farofa é organizada. A quantidade de obras é tanta, que a melhor opção quando o tempo está muito apertado é pegar o guia do museu e selecionar as obras ou artistas que você quer ver. Foi o que fizemos e deu super certo. Consegui ver Guernica, de Picasso e é super fácil de identificar onde está. Se você vir de longe um amontoado de gente tirando fotos em torno de algo não-identificado, é Guernica na certa. Mas o museu também vale a pena por outros pontos. Fora outras obras de Picasso, o acervo também conta com peças de Dali, Miró, Magritte e outro artistas que não lembro mais. E sem falar nas fotografias e propagandas de governo durante a Guerra Civil Espanhola. Diante de tudo isso, desnecessário dizer que o Reina Sofia é parada fundamental pra quem vai a Madri.


Museu do Prado

Diferentemente do Reina Sofia, o acervo não é composto por obras modernas ou contemporâneas, mas conta com pinturas de artistas como Botticelli, El Greco, Rembrandt, sem falar de Velasquez e suas "meninas" e de Goya. É um museu bem didático, com quadrinhos explicando e contextualizando a maioria das obras. Isso é bem importante para os não entendedores de arte, feito eu.

Parque do Bom Retiro

Absurdamente grande, lindo e frio. Resolvi conhecer o parque justo no único dia que fez friozinho em Madri e logo quando estava totalmente desprevenida. Mas o piquenique a base de doritos, ruffles e chocolate ajudou a esquenta (ou não).

El rastro




Há quem diga que é uma feira como outra qualquer. E deve ser mesmo. Mas como eu gosto muito de feiras, mercados e lugares cheio de gente vendendo e comprando coisas baratas, não poderia deixar de ir. Realmente é um tend-tudo a céu aberto: de livros, a casacos, botas, cds, calcinhas e outras coisas mais. O meu saldo foi um livro, um sobretudo,uma bag pra câmera, um vestido e uma satisfação do tamanho do mundo.


El tigre

É o lugar pra quem gosta de tapas baratas e não faz questão de comer em pé e espremido. Por "míseros" dois euros você leva um prato relativamente grande de tapas variadas (tortilla, pão, jamón, chorizinho, patatas bravas) e mais uma bebida. Queria ter ido de novo.





Provavelmente devo ter esquecido de algum outro ponto turístico, mas é que agora não me vem mais nenhum à cabeça. Deixei de lado a visita ao campo do Real Madri. Primeiro porque torço pelo Sevilla (???) e depois e PRINCIPALMENTE porque custa 15 euros para fazer um tour pelo estádio, o que pra mim é altamente dispensável. Quinze euros são três promocões no Mcdonalds ou sete tapas com bebida no El Tigre. Também não fui na Plaza de Toros. O lugar ficava meio afastado de todos os outros pontos turísticos - embora Madri seja bem grande, as principais atrações estão de certo modo concentradas - e imagino (só imagino) que não deva ser muito diferente da Maestranza daqui de Sevilla.

Mas enfim...Madri tem um quê de grandiosa e um cosmopolitismo - típico de qualquer grande capital - na medida certa, sem muitos excessos. Turistas tem muitos mas em nenhum momento me senti sufocada por isso. Madri, se não for, chega bem perto da imagem pré-construída na minha cabeça do que seria Europa, já Barcelona, nem tanto - e não é isso que tira seu mérito, claro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O que estou estudando....

Dando uma pausa no assunto "viagens", vou falar um pouquinho sobre o que estou pagando aqui na Universidade de Sevilla. Como disse num post anterior, a faculdade me surpreendeu bastante positivamente. E agora que ja escolhi minhas cadeiras definitivamente, posso dizer que além de uma puta estrutura pra uma faculdade de comunicação, ela também oferece bons professores e boas asignaturas, se você souber escolher.

Estou pagando 3 cadeiras: Periodismo político internacional, relaciones internacionales e historia de españa actual. Na primeira, a professora é uma simpatia, fala muito mas parece ser bem experiente e acho que vai ser bem produtiva, porque vou ter que fazer um zilhao de crônicas internacionais e outras atividades. Só estou com medo do meu espanhol ainda pouco fluente, principalmente no texto, mas ao menos isso vai me forçar a escrever.

Em Relaciones Internacionales, o professor é super metódico, tem 500 formas de avaliação, passa prácticas, que são mini-trabalhinhos, toda semana, mas toda essa organização dele é um estímulo danado pra estudar.

Historia da España é a cadeira que mais me empolga porque sempre tive muita curiosidade de entender alguns pontinho intrigantes, como a monarquia, as autonomias, os gitanos e, claro, a guerra civil espanhola e o período franquista. Acho que aos poucos vou colocando algumas coisas interessantes aqui (alguém quer saber???hahaha)

Sim, também estou fazendo aula de español de graça na Universidade. Antes de começar, achei que seria um curso bem mais ou menos, porque pensei "curso de graça pra estrangeiro não deve prestar"... eu e meus pensamentos do Brasil...

Mas a verdade é que nunca fiz um curso de línguas tão bom em toda a minha vida. É o estilo de aula que eu gosto, sem mil joguinhos e bolinhas na parede pra acerta o alvo (como diz meu pai). Minha professora é basca, de Bilbao. Ela é bem chatinha pessoalmente, mas a aula dela é ótima. Tem gente que nasceu para ensinar e, além disso, ela tem uma super experiência com ensino para estrangeiros. Fica falando sempre "ah, os portugueses tem muita dificuldade com esse assunto", "os franceses se confudem nisso", "os tchecos - alguem aqui é da República Tcheca? - costumam não entender esse uso muito bem" ....


Enfim, acho que é isso..

Agora vou tentando equilibrar o ritmo de estudos com o de viagens. Próxima parada será Madri, na quinta-feira.